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FESTIVAL DE CINEMA ÁRABE DE LISBOA

Atualizado: há 7 dias

De 1 a 5 de outubro decorreu em Lisboa o Festival de Cinema Árabe, uma mostra de dez filmes do Médio Oriente e Norte de África com o objetivo de promover o diálogo cultural entre regiões e salientar as proximidades que Portugal tem com a região.


A abertura do festival foi feita com Everybody Loves Touda, uma produção marroquina sobre uma mulher que deseja mudar-se para Casablanca para poder viver o sonho de ser cantora e conseguir oferecer uma melhor vida ao seu filho.


Seguiu-se Six Pieds Sur Terre, a história de um estudante argelino em França que, obrigado a regularizar a sua situação migratória, não vê outra solução que não trabalhar para uma funerária islâmica onde descobre os ritos mortuários associados à limpeza do corpo.


Também da Argélia foi exibido Abou Leila, a busca de dois polícias pelo terrorista epónimo mas que na verdade é uma tentativa de se afastarem dos conflitos urbanos em Argel devido à guerra civil em curso.


A comédia negra saudita Mandoob contou as desventuras de Fahad, um homem de 30 anos sem grandes perspetivas de vida que se vê obrigado a vender álcool para pagar os tratamentos médicos do pai e ajudar a sustentar a irmã divorciada.


Em Les Meutes, um pai recém-libertado da prisão e um filho que quer evitar esse estilo de vida vêm-se obrigados a caçar um organizador de lutas de cães em troca de dinheiro. A tarefa complica-se com a morte da vítimas e pai e filho são forçados a uma difícil colaboração para se livrarem do cadáver, numa odisseia de contornos místicos e esotéricos.


Da Tunísia chegou À peine j'ouvre les yeus, a vida da jovem Farah e da sua banda de rock, que não se coíbem de incluir mensagens políticas na música numa altura antes da Revolução de Jasmin.


Houve espaço para documentários como Bye Bye Tiberias, o regresso da atriz Hiam Abbass à sua aldeia natal com a sua filha para um diálogo intergeracional entre mãe, filha e avó sobre as escolhas de vida feitas, o peso da família e o impacto do Nakba, o êxodo palestiniano de 1948.


Costa Brava, Lebanon focou-se na fuga duma família de Beirute para as montanhas, para fugir da poluição da capital. Contudo a vida idílica permitida pela natureza é colocada em cheque com a instalação dum aterro sanitário ao lado da sua casa.


Um casamento na Nazaré é o mote para Wajib, onde pai e filho afastados por circunstâncias da vida são obrigados a trabalhar em conjunto para, de acordo com um antigo costume palestiniano, entregar em mãos todos os convites para o casamento da filha.


O festival terminou com a exibição de Inshallah Walad, em que Nawal, uma viúva, tem de fingir estar grávida para garantir que tanto ela como a sua filha conseguem escapar das draconianas leis de herança paternal da Jordânia, que as deixariam destituídas de todos os seus bens simplesmente porque Nawal não teve um herdeiro varão.


 
 
 

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